“O importante é que emoções eu vivi…”
Roberto e Erasmo Carlos
Muitos temas vieram à tona na situação atual e mundial que estamos vivendo. Com um ritmo frenético de adaptações devido a uma pandemia, nunca antes testemunhadas pelas gerações presentes, encaramos a construção de uma nova rotina, hábitos e formas de nos relacionarmos. O que antes estávamos acostumados e muitas vezes, conseguíamos evitar, ficou escancarado. Tópicos como desigualdade social, racial, violência doméstica e desemprego, por exemplo, foram mais intensificados em todas as mídias. E quem, até então, escolhia não ver – e não sentir – teve mais dificuldade de encarar. Com isso, um ponto em comum entre todos os seres humanos não poderia deixar de ser abordado: AS EMOÇÕES. E por isso, Decidi dar início a uma série de mais 5 outros artigos que serão publicados a respeito das Emoções Vitais do ser humano.
Se buscarmos a origem da palavra emoção em latim, encontraremos outras duas palavras: “energia” e “movimento”. Ao trazermos esse significado junto à representação das emoções na nossa vida, vamos nos deparar com sua principal função que é nos tirar da inércia e nos indicar o que é necessário mudar. Pois, as emoções são as respostas a estímulos que garantem nossa sobrevivência enquanto humanos. O que é curioso já que desde cedo nos ensinaram a guardar e reprimir as emoções.
Você alguma vez já ouviu alguém falar para uma criança engolir o choro? Ou mesmo ficou tão desconcertado com uma situação, mas decidiu não dizer o que estava sentindo com receio de parecer fraca ou raivosa perante outra pessoa? Pois é, reprimimos nossas emoções, sem perceber que isso nos prejudica muito.
Podemos encontrar exemplos diários principalmente neste momento. Com as emoções afloradas devido ao isolamento e as grandes mudanças no convívio social, uma grande parte das pessoas não está conseguindo canalizar todos esses acontecimentos de maneira positiva e relevante nas suas vidas. Pagando um preço alto como a perda de um emprego, separação de um relacionamento de anos ou mesmo, adoecendo.
Possuímos 5 emoções básicas, também conhecidas como primárias, que nos permitem desenvolver outros sentimentos a partir delas: Medo, Raiva, Tristeza, Alegria e Amor. Por mais reprimidas que sejam, essas emoções convivem conosco desde quando estávamos na barriga da nossa mãe, e a partir daí criamos nossas primeiras memórias emocionais. Na medida em que vivemos, desenvolvemos as nossas próprias formas de interagir com o que estamos sentido. E isso explica o porquê das pessoas lidarem com as emoções de formas diferentes.
Uma emoção primária pode desencadear diversos tipos de reações, positivas ou negativas. Amor, alegria e gratidão geram uma quantidade relevante de hormônios da felicidade, como a serotonina. Mas, em excesso pode caracterizar fuga da realidade. Já o medo, culpa e tristeza resultam na produção de adrenalina, que podem tanto te movimentar para uma atitude positiva, quanto paralisar. Conforme vamos acessando nossas memórias emocionais, essas substâncias vão sendo liberadas dentro do nosso organismo. Toda emoção promove alguma reação dentro de nós e isso é capaz de influenciar o nosso comportamento.
Toda emoção é uma informação
Um exemplo comum é o medo de falar em público. Certamente, por trás dessa emoção, há crenças ou traumas, gerados na infância e que impactam em quem você é hoje.
Outro ponto importante é que as doenças físicas estão ligadas a emoções. Nosso coração, por exemplo, está relacionado diretamente ao amor. Sendo assim, doenças nesse órgão tão importante pode ter relação à falta de amor. E doenças pulmonares estão ligadas à tristeza. Ou seja, para evitar o desenvolvimento de doenças, é necessário o equilíbrio das emoções: dê amor e sinta o amor de volta, chore de maneira livre e sem julgamentos. Sinta raiva e expresse isso de forma correta. Deixe as emoções passarem por você e então, deixe-as ir. Observe os aprendizados que elas trazem a você e siga em novos caminhos sem se apegar a elas, apenas aproveitando as lições que nos trazem.
Claro que todos esses ensinamentos só são possíveis se estivermos dispostas e abertas a eles. Por isso, precisamos decidir e trabalhar com o melhor que já temos, e fazer as perguntas sem temer as respostas. Assim, saímos do ciclo de reviver memórias emocionais, que nos aprisionam a padrões que não contribuem para a nossa evolução.
O papel do autoconhecimento e da inteligência emocional entra justamente neste momento, quando buscamos o desenvolvimento e maneiras de administrar nossas emoções para construir hábitos saudáveis, nos liberando de pensamentos tóxicos e até mesmo, ressignificando nossas dores do passado.
A melhor forma de começar é se permitir sentir. Não reprima suas emoções, entenda que da mesma maneira que elas vêm, elas também se vão. A partir disso, você entenderá melhor que não é preciso temer, apenas estar aberta e alerta. Você pode chorar e internalizar que isso não te faz fraca. Você pode ter medo, mas consciente de que isso não te impede de continuar. Você estará sempre seguindo em frente, carregando aprendizados e desenvolvendo novas formas de viver a vida em equilíbrio com o que pensa e sente.
No próximo artigo, não perca: A importância do MEDO na sua vida.
Artigo escrito para a Revista Dolce Morumbi, em 21/09/2020.
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Ana Kekligian é Palestrante, Fundadora da EBC - Empresa Brasileira de Coaching, Master Coach, Analista Comportamental, Especialista em Inteligência Emocional e Especialista em Produtividade. Atualmente com cinco importantes certificações internacionais pelo IBC - Instituto Brasileiro de Coaching: Professional & Self Coaching, Coaching Ericksoriano, Master Coach, Análise Comportamental e Inteligência Emocional. Certificado de Especialista em Inteligência Emocional pela SBIE - Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional e Triad Certified Productivity Specialist, formada pela TriadePS.
Vasta experiência corporativa, onde atuou como executiva de marketing por mais de 18 anos em importantes empresas.
Além disso, administra outros importantes papéis: como mulher, mãe, filha, irmão, amiga e CEO de si mesma.
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