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A LIDERANÇA FEMININA E SEUS IMPACTOS.

Atualizado: 3 de set. de 2020

Segunda pesquisa da Ipsos de 2019, no Brasil, três em cada 10 pessoas dizem que ficariam desconfortáveis se fossem lideradas por mulheres. E isso não é considerada apenas uma questão cultural da organização e sim, da sociedade como um todo.



Um assunto muito discutido atualmente é a respeito de gênero e equidade. Falando especificamente de liderança feminina, sabemos que a grande maioria das mulheres, salvo exceções, está unida para batalhar pela igualdade de direitos e deveres. Mas o que poucos consideram é a importância do homem ao promover a mulher na liderança. Pensando neles como parceiros e não concorrentes.


Segunda pesquisa da Ipsos de 2019, no Brasil, três em cada 10 pessoas dizem que ficariam desconfortáveis se fossem lideradas por mulheres. E isso não é considerada apenas uma questão cultural da organização e sim, da sociedade como um todo.


Está enraizado no consciente coletivo o quão a mulher é frágil e sensível. E esse estereótipo pode vir inclusive do mesmo gênero. Por isso, a necessidade de reconstrução, tanto da imagem da mulher perante a sociedade quanto das próprias organizações que tem uma cultura mais fechada e tradicional apresentando certa relutância em relação à ascensão das mulheres.


A discriminação começa na hora da contratação. Uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial de 2017 revelou que as mulheres levarão 217 anos para alcançarem a mesma renda dos homens. Atualmente, segundo o mesmo relatório, a diferença de renda entre os sexos chega a 58%.


Em contra partida, uma pesquisa da McKinsey publicada em 2018, aponta que empresas que a diversidade de gênero está verdadeiramente presente, apresentam melhor desempenho. Empresas com mulheres na liderança aumentam 21% as chances de uma corporação atingir resultados financeiros acima da média. E existem sim motivos para isso.


Por terem oportunidades reduzidas, as mulheres procuram melhorar e se superar para conquistar o que o homem tem com mais facilidade. Segundo Harvard Business Review de 2014, as mulheres candidatam-se a uma vaga, quando cumprem 100% dos critérios e requisitos, enquanto homens candidatam-se ao completar pelo menos 60%. 


Até mesmo no Life coaching, a procura é feita principalmente por mulheres, 80% dos casos, de acordo com a Ana Kekligian - Master Coach de Desempenho. “Apesar de termos cases incríveis de homens, as mulheres estão muito mais abertas a procurar desenvolvimento profissional e pessoal, para melhorar a comunicação, liderança, autoconfiança e autoestima. E quando esse trabalho é feito, as mulheres se apropriam de suas bagagens e potencializam suas competências.


Além disso, mulheres possuem características naturais de uma líder, como por exemplo: intuição naturalmente aguçada, elas tomam decisões rápidas e assertivas; comunicação fluída, elas sabem dosar as palavras de acordo com o momento; hábeis para lidar com conflitos; são contrárias à estagnação, buscam sempre estar em desenvolvimento. Sabemos que homens também têm atributos para assumir altos cargos, mas isso não significa que as mulheres ficam atrás.


No Brasil, pelo menos uma mulher está em cargo de liderança em 93% das empresas, segundo a última edição da International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, pesquisa da Grant Thornton com mais de 4,5 mil empresários do mundo. Uma considerável diferença em relação ao ano anterior que teve o percentual de 61%.


Com esses dados, até parece que não precisamos discutir sobre igualdade de gênero no ambiente de trabalho, certo? Errado. Há ainda maior necessidade. Quando mulheres alcançam altos cargos, elas ainda enfrentam situações que homens não necessitam lidar. Porque mesmo que organizações as considerem para cargos de liderança, a sociedade não segue a mesma cadência.


Maternidade e divisão de tarefa doméstica, por exemplo, ainda geram conflitos que fazem as mulheres reavaliarem propostas de trabalho. A sociedade e as companhias ainda tem muito o quê mudar para que essas dificuldades extras sejam amenizadas.


No coaching, quando essas mulheres mães começam a se deparar com suas novas percepções de vida, maturidade e entendimento de que não se perderam ao se tornarem mães. Elas percebem que estão em outro nível. Voltando bem posicionadas para o mercado de trabalho. Acreditando mais nelas mesmas e na capacidade de fazerem escolhas. Porque sim, elas fazem escolhas.


Um case que aconteceu em sessão é de uma coachee que queria muito ser promovida e procurou o coaching para desenvolver algumas habilidades de liderança por indicação da empresa que trabalha. O processo de evolução foi incrível. No entanto, através do autoconhecimento, ela descobriu que na verdade não queria ser promovida, mas, queria ter mais qualidade de vida e tempo para suas filhas pequenas. Quando ela tomou essa consciência de como a promoção impactaria na vida dela, conversou com sua superior que brilhantemente compreendeu e parabenizou por sua escolha. Desde então, ela começou a planejar a sua vida para maior ascensão profissional, no tempo certo e sem impactar negativamente nos outros papéis que ocupa.


A carreira das mulheres deve estar em constante evolução e não apenas de sobrevivência dentro das corporações. E investir em um processo de coaching, pode auxiliar expressivamente no desenvolvimento de habilidades e competências mais assertivas para adquirir maior autoconfiança e aprender a lidar com situações diárias do cotidiano que as coloca em prova.


A comunicação assertiva, por exemplo, auxilia muito a mulher transmitir autoridade para seus liderados e líderes. Ela aprende a negociar de maneira mais certeira, colocar limites e usar a inteligência emocional ao seu favor. Tudo isso não apenas internamente, mas também no trato com seus clientes que as vezes não lhe dão a devida atenção ou mesmo, só escutam de fato quando um líder homem está falando. Ao se comunicar assertivamente, a mulher pode se posicionar muito melhor nesse tipo de situação, por exemplo.


Dessa forma, mulheres podem desenvolver os comportamentos que, segundo pesquisa da LHH (Lee Hecht Harrison), distinguem as mulheres bem sucedidas na carreira, como:


  • ter um plano de carreira com objetivos claros;

  • se apropriar de suas qualidades e conquistas;

  • influenciar níveis superiores através de visibilidade em projetos e networking;

  • comunicação assertiva nas mais diversas situações;

  • reconhecimento de seus valores e crenças.


Sabemos que sem uma mudança no olhar da nossa sociedade e de muitas companhias, o caminho fica mais difícil. Porém, com a habilidade de ser proativa, agir com resiliência, investir no autoconhecimento e focar nos resultados, mulheres provam que tem muita capacidade de assumir altos cargos e inspirar pessoas.


E você? Tem interesse em desenvolver os comportamentos de uma líder?

Entre em contato comigo: 11 94756-5478 - anak@ebrccoaching.com.br


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Ana Kekligian é Palestrante, Fundadora da EBC - Empresa Brasileira de Coaching, Master Coach, Analista Comportamental, Especialista em Inteligência Emocional e Especialista em Produtividade. Atualmente com cinco importantes certificações internacionais pelo IBC - Instituto Brasileiro de Coaching: Professional & Self Coaching, Coaching Ericksoriano, Master Coach, Análise Comportamental e Inteligência Emocional. Certificado de Especialista em Inteligência Emocional pela SBIE - Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional e Triad Certified Productivity Specialist, formada pela TriadePS.


Vasta experiência corporativa, onde atuou como executiva de marketing por mais de 18 anos em importantes empresas.


Além disso, administra outros importantes papéis: como mulher, mãe, filha, irmão, amiga e CEO de si mesma.

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